Cartografia das práticas espaciais, artísticas e subjetivas da comunidade queer em Belo Horizonte, nos últimos anos. E sua relação com a micropolítica e o afeto no espaço-público da cidade.
Cartografia das práticas espaciais, artísticas e subjetivas da comunidade queer em Belo Horizonte, nos últimos anos. E sua relação com a micropolítica e o afeto no espaço-público da cidade.
PRÁTICAS QUEER
SALLISA ROSA
(1986 | Goiânia, GO)
"Se dedica a investigações contemporâneas de imagens e temas que a atravessam, dentre os quais a própria identidade e o universo feminino, assim como futuro, ficção e descolonização. Usando fotografia, vídeo e outras estratégias, propõe investigações e experiências em torno da identidade nativa contemporânea da cidade."

OBRA: Umuarama: Conversa ao pé da fogueira – Sallisa Rosa - Bolsa Pampulha 2018/2019 – Disponível em: Sallisa Rosa (BR) | JA.CA (jaca.center)
"Durante o programa Bolsa Pampulha 2018/2019, ela reflete sobre o esgotamento de sentidos característico ao mundo globalizado, defendendo a revalorização de culturas ancestrais a partir de atitudes que podem parecer arcaicas, mas tornam-se, ao final, futuristas. Ao afirmar a mandioca como caminho artístico ancestral, propõe a criação de uma horta no terreno anexo ao Museu de Arte da Pampulha. A partir de Umuarama (“lugar de descanso”), a artista dá início a um processo que remete à divisão originária do território americano, coloca nossas raízes de volta à cultura e ao mundo da mandioca e vislumbra, por fim, a possibilidade de enraizar a cultura indígena na cidade de Belo Horizonte. Ao afirmar a mandioca como caminho artístico ancestral, Sallisa Rosa criou uma horta no terreno anexo ao museu.
A partir de Umuarama (nome indígena para “lugar de descanso”), deu início a um processo que remete à divisão geopolítica originária do território americano: Povos da Mandioca, no Brasil; Povos da Batata, nos Andes; e Povos do Milho, parte do que chamamos América Latina. Ela vislumbra a possibilidade de enraizar a cultura indígena na cidade de Belo Horizonte, lembrando que não são os indígenas que estão nas cidades, mas as cidades que se situam em territórios indígenas.
Em sua ação, todos serão convidados a fazer comida, que é a base da alimentação dos povos originários de Abya yala (nome indígena para América): mandioca, milho, batata, peixe, pajuaru. Uma fogueira será construída no terreno anexo ao museu, onde ocorrerá conversa no modo indígena, com cantos e histórias." - JA.CA - Dísponível em: Sallisa Rosa (BR) | JA.CA (jaca.center)